Feliz (?) natal

Sabem, a infância do Bacalhaus não foi das mais normais. Pra começar, ele nunca acreditou em Papai Noel. Não senhores, o Bacalhaus sempre teve certeza sobre isso: velhos não saem por puxando trenós com veadinhos, um saco nas costas e rodando o mundo inteiro numa noite só, muito menos vestindo o maldito casacão vermelho.

Por outro lado (e esse é um lado bem grande e bonito, com lindas árvores floridas e grandes vales verdes onde dragões dourados voam junto a borboletas e cogumelos), ele passou uma boa parte da infância correndo pela casa fantasiado de Superman. De alguma forma, pode-se dizer que uma boa parte do que ele chama de caráter se formou naquela época, com toda aquela história bacana de ser um cara de azul que voa por aí salvando pessoas e usando uma zorba por cima das calças. Aliás, será que nunca pensaram em fazer propaganda naquela cueca? Colocar um singelo "zorba" ali poderia render milhões um dia desses...

Bom, mas voltando ao assunto: estava falando que Bacalhaus, além de ter facilidade para falar de si mesmo na terceira pessoa, tinha esse paradoxo na infância: ele jamais acreditou no Papai Noel, mas sempre no Superman. Portanto, agora que estou dando de presente a vocês um compêndio contendo 150 vídeos do Monty Python, por favor não me chamem de Papai Noel.

Aliás, o verdadeiro Papai Noel seria, no caso, o tal John P., que reuniu todos os 150 vídeos.