segunda-feira, 20 de abril de 2009

O planeta dos macacos


Conta a lenda que num planetinha azul e insignificante, numa galáxia mais ou menos à esquerda daquilo que comumente chamamos de "Universo civilizado", uma civilização de descendentes de macacos governou por seu quinhão de milênios.

Eles começaram como apenas mais um grupo proletário de mamíferos peludos: se escondendo, comendo o que conseguiam nas árvores (espécie de poste de luz sem luz e sem fios) e caçando outros mamíferos peludos. A vida seguia tranquila, equilibrada e monótona no insignificante planeta azul, até que um dos primatas descobriu um jeito esperto de provocar o fogo riscando duas pedrinhas, que se mostrou mais simples e silencioso do que espera que descesse dos céus em sua forma brilhante e barulhenta. Daí pra frente, os macacos inverteram o esquema das coisas e passaram a dominar o tal planeta.

Nos anos que se seguiram à descoberta do fogo, os símios, chamados de "humanidade" depois que a evolução ceifou seus pêlos por causa de tanta brincadeira com fogo, lutaram entre si pelo controle do patético planetinha azul, muitas das vezes colocando a culpa de tudo num homem invísivel e onipresente que eles julgavam ser o dono de tudo por ali.

O engraçado é que essa foi a parte mais controlada da história desses camaradas. A partir do momento em que eles deixaram de ver a si mesmos como gerentes e passaram a se julgar a presidência, a coisa realmente desandou. Não que não tenha sido uma boa administração, mas assim que perceberam que aparentemente ninguém ligava para o que eles faziam, eles começaram a fazer as  coisas mais estúpidas possíveis.

Não que não tenham sido feitas coisas boas, mas o ménage à trois e a Trilogia do Anel não compensam 10 mil anos de Créu e Mundo da Xuxa. 

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