sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Insônia

Quando foi a última vez em que você fez que você fugiu com um ídolo dourado de uma cidade asteca esquecida? Lembra-se daquela vez em que derrubou um império galáctico usando só uma espada e uma tribo de ursos anões? Ou quando voltou no tempo forçando a Terra a girar ao contrário?

Pois é, não foi você quem fez essas coisas, não é?

E se quando a hora chegar, você descobrir que não é o herói da história? E se quando as trombetas da batalha soarem, você já for um dos caídos no campo de batalha? Ou pior, e se nem ao menos chegar a ele? Já lhe veio à cabeça que talvez, você não seja o protagonista no filme da sua vida?

Eu não sei quanto a vocês, mas eu não gosto nem de imaginar.

sábado, 11 de julho de 2009

Harry Potter atrás de novas varinhas

http://gente.ig.com.br/materias/2009/05/07/harry+porter+cresceu+daniel+radcliffe+e+visto+em+companhia+de+travesti+loira+em+ny+5997905.html


Daniel Radcliffe tem sido visto em companhia de uma travesti loira, chamada Our Lady J, em Nova York, informou o The Sun nesta quinta-feira (07).

Éééé...
Parece que a chegada do novo filme fez nosso herói pensar que dar pra um cavalo já não é magica suficiente pra uma vida.
Agora ele resolveu andar com varinhas que crescem

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Michael Jackson está morto



Michael Jackson está morto...Michael Jackson está morto... ok.
Que os fãs me desculpem, mas eu nunca consegui acreditar na existência desse ser. Existe uma piada por aí que diz que Michael Jackson era um exemplo de superação: nasceu negro e pobre, morreu rica e branca. Deixando de lado o fato de que o Rei do Pop morreu falido, vamos parar e tentar ver isso claramente:
Parte 1: infância e anos dourados
Michael Jackson era explorado por um pai malvado, cantava e dançava com os outros 4 irmãos no Jackson Five, uma espécie de Balão Mágico para negros. Com o tempo, se destacou e alçou carreira solo com sua voz feminina e passos alienígenas. Michael ficou rico, gravou filmes e FICOU BRANCO sabe Deus como.
Parte 2: ostracismo e neverland
Décadas se passaram, Michael se tornou um milionário excêntrico e cada vez mais branco. Construiu uma mansão com parque de diversões no quintal e deu-lhe o nome de "Neverland", o mesmo nome da terra para onde Peter Pan levava suas vítimas para uma vida de infância eterna. Vez por outra, M.J. levava criancinhas para conhecer sua terra das maravilhas.
Então, o que nós temos? Metade da vida do cara, ele foi uma versão muito escrota da Cinderela, na outra, Peter Pan! E eu devia acreditar na existência de tal criatura?

segunda-feira, 20 de abril de 2009

O planeta dos macacos


Conta a lenda que num planetinha azul e insignificante, numa galáxia mais ou menos à esquerda daquilo que comumente chamamos de "Universo civilizado", uma civilização de descendentes de macacos governou por seu quinhão de milênios.

Eles começaram como apenas mais um grupo proletário de mamíferos peludos: se escondendo, comendo o que conseguiam nas árvores (espécie de poste de luz sem luz e sem fios) e caçando outros mamíferos peludos. A vida seguia tranquila, equilibrada e monótona no insignificante planeta azul, até que um dos primatas descobriu um jeito esperto de provocar o fogo riscando duas pedrinhas, que se mostrou mais simples e silencioso do que espera que descesse dos céus em sua forma brilhante e barulhenta. Daí pra frente, os macacos inverteram o esquema das coisas e passaram a dominar o tal planeta.

Nos anos que se seguiram à descoberta do fogo, os símios, chamados de "humanidade" depois que a evolução ceifou seus pêlos por causa de tanta brincadeira com fogo, lutaram entre si pelo controle do patético planetinha azul, muitas das vezes colocando a culpa de tudo num homem invísivel e onipresente que eles julgavam ser o dono de tudo por ali.

O engraçado é que essa foi a parte mais controlada da história desses camaradas. A partir do momento em que eles deixaram de ver a si mesmos como gerentes e passaram a se julgar a presidência, a coisa realmente desandou. Não que não tenha sido uma boa administração, mas assim que perceberam que aparentemente ninguém ligava para o que eles faziam, eles começaram a fazer as  coisas mais estúpidas possíveis.

Não que não tenham sido feitas coisas boas, mas o ménage à trois e a Trilogia do Anel não compensam 10 mil anos de Créu e Mundo da Xuxa. 

sábado, 21 de março de 2009

A torre

Acreditem ou não, esse poema me lembra uma amiga minha.

CHILDE ROLAND À TORRE NEGRA CHEGOU Robert Browning (1812-1889)

Tradução de Fabiano Morais


I
Primeiro pensei: ele mentiu a cada sentença
O coxo encanecido, com olhos cheios de malícia
Ávidos por ver nos meus de sua mentira a perícia
E com a boca sem conter a alegria intensa
Que repuxava seus cantos na crença
De que o predador outra vez se sacia.

II
Qual outro seria o intuito, com seu cajado?
Qual senão emboscar e laçar os andarilhos
Que porventura o encontram pelos trilhos
E vêm pedir direção? Que risada má eu teria escutado,
quem deixaria meu epitáfio marcado
por diversão nos terrosos caminhos,

III
Se ao seu conselho eu devesse me desviar
Para aquele curso sinistro que, é sabido,
Esconde a Torre Negra? Porém eu, de boa-fé imbuído,
Tomei o indicado caminho, sem orgulho demonstrar
Nem esperança rediviva ao ver o fim se aproximar,
Mas sim gratidão pela idéia de algum fim existir.

IV
Pois, se depois de o mundo todo vagar
Se na minha busca ano a ano estendida
Minha esperança tornou-se uma sombra encardida
E incapaz de com o gozo ruidoso da vitória lidar,
A festa no meu coração eu mal pude refrear
Quando este entreviu a batalha perdida.

V
Assim como um doente à beira da morte
Já parece morto, e pressente o pranto fatal,
e recebe de todos a despedida amical,
E escuta ao longe a saída de outro consorte
Para respirar lá fora, (não se muda a sorte,
ele diz, e o pesar não se alivia com o golpe final)

VI
Enquanto outros debatem junto às covas
Se há espaço para o caixão e que hora
É a mais apropriada para levá-lo embora,
Sem esquecer dos estandartes, hinos e estolas,
O homem ouve cada uma dessas estórias
E, respeitando tanta candura, quer partir sem demora.

VII
Assim, já sofro há tanto nessa jornada
Já ouvi do fracasso o vaticínio e a confirmação
Para tantos e tantos companheiros da Afiliação
de cavaleiros que da Torre Negra atendem a chamada,
Que falhar como eles me pareceu a coisa acertada
E a única dúvida era: não seria essa minha função?

VIII
Tão quieto quanto o desespero eu dei as costas
àquele coxo odioso, abandonando sua via
e adentrando o caminho apontado. Todo o dia
havia sido lúgubre, e as sombras, sobrepostas,
fechavam-se a minha volta, mas uma olhadela torta,
rubra e carrancuda, ele lançou à planície todavia.

IX
Por Deus! Logo assim que me encontrei
Jurado à planície, após não mais que uma passada,
Parei para um último olhar à segurança da estrada
E nada mais havia, só a planura cinza avistei
Nada senão a vastidão sob o céu do astro rei.
Sem mais a fazer, decidi seguir caminhada.

X
Assim, fui adiante. E creio nunca ter visto
Natureza tão miserável e ignóbil, onde nada medra:
Pois as flores - ou mesmo um cedro entre a pedra,
Embora murchando como pela sua lei previsto,
Mesmo no abandono perduram, pensaria você;
Descobrem-se tesouros quando a casca quebra.

XI
Mas não! Penúria, feiúra, inércia
Em condição estranha está essa parte da terra
"Veja, ou feche os olhos", a Natureza berra
"Não há escapatória: ela é de todo néscia,
Só o fogo do Julgamento Final trará a panacéia,
Calcinando o chão e livrando os presos que ele cerra."

XII
Se havia ali alguma ressequida haste de cardo,
Seus colegas não se achavam, e o talo estava decepado.
O que fez aqueles buracos e rasgos no folhado
escuro e duro da bardana, tão machucado
que era impossível pensá-lo regenerado?
Era preciso que um bruto as tivesse pisoteado.

XIII
Quanto à relva, era como o cabelo escasso
Dos leprosos; magras lâminas secas na lama
Que parecia ter por baixo uma sangüínea trama.
Um cavalo cego e rijo, ossos à vista, lasso,
Parava ali, estúpido; havia chegado àquele pedaço:
Rebento que o garanhão do diabo não reclama!

XIV
Vivo? A meu ver poderia muito bem já ter partido,
Com seu pescoço rubro, descarnado e macilento.
E os olhos fechados por sob o pêlo bolorento;
Nunca o grotesco andou à desgraça tão unido;
E jamais senti por criatura ódio tão ardido:
Ele deve ser mau para merecer tal sofrimento.

XV
Fecho meus olhos, e os volto para o meu coração,
Como um homem que pede vinho antes de lutar,
Visão mais feliz, de outro tempo, eu quis saborear
Para ficar mais apto a encarar minha missão.
Pensar antes, lutar depois, eis do soldado o bordão:
Um vislumbre do passado pode a tudo acertar.

XVI
Mas não! Imaginei de Cuthbert a face corada
Em meio a seu adorno de cachos dourados,
Querido amigo, eu quase o senti laçar meus braços
Para me colocar a postos na caminhada
Como ele sempre fez. Ai, noite desgraçada!
O fogo no meu coração se apagou, deixando-o gelado.

XVII
Giles então surge - ele que é da honra a alma,
Leal como há dez anos, quando tornou-se cavaleiro
Capaz de ousar tudo que ousaria um homem verdadeiro
Mas - argh - a cena se modifica! Um carrasco infama
seu peito com um aviso que para todos informa:
Desprezado e amaldiçoado; traidor rasteiro.

XVIII
Do que um passado assim, melhor este presente
Que eu volte então para meu caminho triste
Nenhum som, nada que se veja ao longe em riste.
Aparecerá morcego ou coruja após o poente?
Perguntei quando algo na planície descrente
capturou e dominou meu pensamento num despiste.

XIX
Um súbito córrego atravessava meu caminho
Veio tão inesperado quanto uma cobra
Sem o lento escorrer que a atmosfera desdobra
Poderia ser um banho, com seu burburinho,
Para o casco do demônio, a ver seu redemoinho
Negro borbulhar com espuma e faísca rubra.


XX
Tão pequeno e ao mesmo tempo tão mau
Amieiros o cercavam, rasteiros e mirrados;
Salgueiros afundavam-se e afogavam-se desesperados
Numa síncope muda, num atropelo mortal:
Quem os destruiu foi esse carrasco manancial,
E, fosse ele o que fosse, fluía sem ser desviado.

XXI
Bom Deus, ao adentrar seu leito, quanto medo
De pisar o rosto de algum cadáver humano,
A cada passo - tateando com um ramo
A cata de buracos - seus cabelos entre meus dedos.
Um rato-d'água talvez tenha por acaso lancetado,
Mas, argh, parecia o grito de um menino.

XXII
Estava feliz quando cheguei ao outro lado.
Agora terras melhores me esperam. Vã esperança!
Quais foram os contendores? Qual foi a matança?
Que trotar selvagem pôde fazer desse solo molhado
Um atoleiro? Sapos em um tanque infectado
Ou gatos selvagens numa cela em incandescência -

XXIII
Assim deve ter sido a luta naquela arena decadente
O que os trouxe até lá, se tinham toda a planície?
Nenhuma pegada na direção daquela imundície
Nenhuma dela se afastando. Alguma poção demente
Agiu em seus cérebros, sem dúvida, como no da gente
Escrava - judia e cristã - que o turco atiçava por malícia.

XXIV
E além de tudo - a uma milha -, o que era aquele achado?
Para que mau intuito servia aquela máquina, aquela polia -
Um travão, não uma polia -, aquela grade que fiaria
Corpos humanos como se fossem seda? O ar desonrado
Dos rituais de Tophet, na terra perdido, ou invocado
Para afiar o enferrujado metal da sua gradaria.

XXV
Então uma terra de galhos, que um dia foi floresta;
Depois algo como um pântano; e agora apenas terra dura
Desesperada e acabada (um tolo encontra ventura,
Faz algo e em seguida o destrói, seu humor desembesta
E ele o abandona!). Por dez ares, chão que cresta,
Lamaçal, seixos, areia, e uma esterilidade negra, impura.

XXVI
Agora, pústulas inflamam-se em cor forte,
E medonha. Agora, remendos onde a aridez do chão
Tornou-se musgo, ou substâncias em ebulição;
Surge então um carvalho, e nele há um corte
Como uma boca distorcida que cava seu porte
Num bocejo para a morte, morrendo em seu repuxão.

XXVII
E tão longe como nunca o fim se afigura!
Nada no horizonte senão a noite, nada
Que direcionasse adiante minha passada!
Isso pensei, e surgiu um pássaro de imensa negrura
Amigo de Satã, a asa de dragão, na largura,
roçou meu gorro - talvez esta fosse a guia procurada.

XXVIII
Ao olhar para cima, apesar do anoitecer,
Vi com mais clareza. A planície dera lugar
às montanhas que a cercavam - nome muito invulgar
Para meras alturas feias e montes a não mais ver.
Como poderiam elas ter-me surpreendido, tente esclarecer!
Como vencê-las também não era fácil deslindar.

XXIX
Mas ainda assim, pareci reconhecer certo truque
Do qual fui vítima, Deus sabe quando -
Talvez em um mau sonho. Aqui estava terminando
O progresso por este caminho. Quando fiz que
desistia, mais uma vez, soou um clique
Como o de um alçapão atrás de mim se fechando.

XXX
Veio a mim de imediato, como fogo em um milharal,
Era este o lugar! À direita, esses dois morros, agachados,
como dois búfalos com os chifres enganchados;
Enquanto à esquerda, uma montanha alta... Boçal,
Imbecil, vacilar logo na hora mais crucial,
Você que treinou uma vida para ter olhos afiados!

XXXI
E se a própria Torre estivesse no centro? Redonda
e atarracada, cega como um coração rasteiro,
Feita de pedra marrom, sem igual no mundo inteiro.
O elfo, caçoando da tempestade que o ronda,
Aponta ao timoneiro o banco que ninguém sonda.
Ele aporta, por pouco não rompendo do casco o madeiro.

XXXII
Não vê-la? Talvez por conta da noite? - se o dia
Ressurgiu para isto! E antes de partir novamente
O poente brilhou por uma fenda rente:
As colinas, como gigantes caçadores na tocaia,
Esperando que a presa na armadilha caia -
"Agora ataquem e matem a criatura, inclementes".

XXXIII
Não ouvi-la? Com tantos sons à volta! O ribombar
dos sinos cada vez mais alto. Nomes nos meus ouvidos
Todos os aventureiros, meus companheiros perdidos -
Como, se um era tão forte, outro de tão corajoso bradar,
Outro tão afortunado, como foram perdidos acabar?
Um instante trazia tantos anos de sofrimentos renascidos.

XXXIV
Ali estavam eles, pelos lados dos montes, unidos
Para assistir meu fim. Eu, uma moldura animada
Para mais um quadro! Numa súbita labareda
Eu os vi e reconheci a todos. E, destemido,
Deixei meus lábios formarem um bramido:
"Childe Roland à Torre Negra chegou", foi minha chamada.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Chapolin Taca la petaca


Porque eu tô com preguiça demais pra escrever hoje.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Quebre o vidro


-Em caso de emergência, quebre o vidro.

-Em caso de acidente, quebre o vidro.

-Em caso de parada do elevador, quebre o vidro.

-Em caso de incêndio, quebre o vidro.

-Em caso de vandalismo, quebre o vido.

-Em caso de vidro quebrado, quebre o vidro.

-Em caso de vidro inquebrável, chame o Rambo.

-Em caso de Rambo, chame ninjas.

-Em caso de ninjas, chame o Batman.

-Em caso de Batman, chame Darth Vader.

-Em caso de Darth Vader, chame o Yoda.

-Em caso de Yoda, chame Seu Madruga.

-Em caso de Seu Madruga, chame Chuck Norris.

-Em caso de Chuck Norris... FODEU!

sábado, 3 de janeiro de 2009