domingo, 28 de dezembro de 2008

Paranóia in drops (2)

-Segundo a bíblia, Deus criou o mundo em 6 dias, sendo que a última coisa que ele fez foi o homem, certo? Pensem comigo: seis dias trabalhando sozinho, sem parar, sem ter um cafézinho para relaxar e sem ninguém pra dar opinião. Pode ser que a última idéia não tenha sido a melhor delas, né?

-Se Deus é brasileiro, das duas uma: ou ele é o maior anarquista de que se tem notícia, ou ele vota mal pra caramba. Mas já sabemos que os Dez mandamentos excluem a primeira opção.

-Outra possibilidade: Deus é brasileiro, mas foi chamado pra jogar na Europa.

-A muralha da China foi construída para manter os invasores fora, ou os chineses dentro? Seja como for, é bom eles providenciarem uma do tamanho do Equador.

-Enquanto o ano do centenário da imigração japonesa não passar, ainda espero uma visita do Godzilla ao litoral paulista.

Ventriloquismo



Dois mil e oito vai embora e leva consigo o único homem que já deu mais material pra piada do que o Lula: George W.C. Bush deixa a Casa Branca ao final desse mês. Nós não viemos aqui fazer homenagens ao velho maldito, mas comentar o seu sucessor.

Barack Obama vai ser o primeiro presidente americano negro. Sabem o que isso significa? NADA. Porque não importa se quem senta no salão oval é branco, negro, amarelo, azul, vermelho ou roxo com pintinhas com de abóbora. Não importa se eles dizem que trarão mudanças, primeiro porque são mudanças boas para os EUA, não para nós;  e segundo porque eles não farão nada.  

Bush vai embora com um histórico de oito anos sendo comandado pela indústria do petróleo. O idiota jamais tomou uma decisão mais séria do que comer ou não um pretzel, e mesmo assim não deu muito certo. Todas as outras decisões foram tomadas por quem estava por trás de Bush, pelos homens que controlam os fios do títere presidencial.

Democratas ou republicanos, no fim tanto faz. Esse auê eleitoral estadunidense só serviu para escolher quem vai ser o próximo a sentar no colo do ventríloquo.

domingo, 21 de dezembro de 2008

Paranóia in drops

-Meu orkut diz que eu tenho 69 fans. John Lennon só precisou de um.

-Existe alguém que sabe onde você mora, o que você faz, quem são seus amigos, o que vocês conversam, suas senhas e segredo e é capaz de ver o mundo inteiro. Você o chama de Google.

-Existem companhias sacanas o suficiente para construir portas de emergência com trancas.

-Sabe aquelas máscaras de oxigênio e coletes salva vidas dos aviões? Bom, eles não ajudam em nada numa colisão.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

He's a witch!

Na semana passada, o sinhôzinho aí da foto estrelou o comercial dos 60 anos da Declaração Universal dos Direitos humanos (ou coisa que o valha). Tal documento foi assinado 3 anos após o término da Segunda Guerra mundial, então é claro que fala sobre igualdade e outras pieguices do tipo, misteriosamente deixando de lado qualquer menção ao direito de se jogar bombas atômicas em civis.

O documento não poderia ter porta voz mais adequado do que a J.K. Rowling brasileira, posto que Paulo Coelho é o autor brasileiro que mais vende ficção no exterior, ele com certeza está acostumado com mentiras e fantasia.

No tal comercial, o Merlin tupiniquim convoca os telespectadores a pensarem por um minuto em tudo o que foi feito em favor dos direitos humanos nos últimos 60 anos, e , no final de 60 segundos constrangedores, conclui que poderia ter sido feito muito mais. Concordo. Se não tivessem exibido o comercial exaustivamente, centenas de pessoas poderiam ter feito algo mais produtivo do que simplesmente encararem a televisão perdendo tempo de suas vidas.

Para quem ainda não entendeu de quem eu estou falando, vou dar uma rápida explicação sobre Paulo Coelho: amigão do Raul nos anos de loucura, Paul Rabbit comeu muitos cogumelos de Zebu e desde então acredita ser um mago. De fato, só assim se explica como consegue transformar qualquer livro em merda, e vender como se fosse água.

sábado, 13 de dezembro de 2008

Ralo caleidoscópico

Estava o jovem e ingênuo Bacalhaus entregue ao ócio matutino, quando súbita e repentinamente dois sinônimos juntaram-se para tornar esse texto redundante. A idéia inicial de escrever sobre o ridículo comercial do Paulo Coelho pede pra cagar e sai acompanhada do bom senso, deixando que o nonsense tome conta das coisas. 

Mas como ironia contratual, o nonsense age da forma esperada e não se responsabiliza por nada, deixando de agir da forma inesperada, que era a esperada, o nonsense entra num dilema existencial e se engole num vórtex de franjinha roxa. Sem o supervisor pythoniano, os dois sinonimos alçam níveis cada vez mais estratosféricos de pleonasmo redundante, até que se cansam e vão para um paraíso literal discutir Fernando Pessoa.

Após retornar, com suas mãos devidamente lavadas, o bom senso levou horas fazendo com que as pessoas parassem de subir pra cima e descer pra baixo.

A idéia inicial não foi encontrada para ser comentada, mas será trazida a foco no próximo post. Ou não.

sábado, 6 de dezembro de 2008

Do ócio ao ... ócio


Tal qual a política, manter um blog é uma arte que exige de seus adeptos a maior dedicação ao estudo de todos os ramos do ócio e da vagabundagem. É preciso o profundo conhecimento de técnicas milenares que levam o praticante ao completo estágio de inércia física e mental no qual só há duas opções: manter-se estático ou entregar-se ao processo criativo.

Tendo em vista que nem os próprios enferrujados andam escolhendo a segunda opção, resolvemos trazer a vocês o GUIA PRÁTICO FERRUGEM CEREBRAL PARA O ÓCIO, que inclui dicas práticas para a arte do nada fazer, bem como uma lista de atividades para aqueles momentos de tédio abençoado. Segue abaixo um trecho que exemplifica o material :

Coçando:
A arte de coçar a genitália em frente à TV é a derivação contemporânea de uma prática que remonta ao Período Paleolítico. Na falta de Jornal Nacional, quando chegavam às suas cavernas, sentavam-se em frente ao fogo e punham-se a coçar suas partes.
Os passos a seguir guiarão o leitor na atividade?
1: ligue a TV e escolha um programa desinteressante (um programa interessante desvia a atenção do ato). A equipe sugere Pânico na TV ou qualquer um dos filmes da série Velozes e Furiosos.
2: instale-se no sofá. Sim, tem que ser um sofá. Cadeiras não dão a movimentação necessária ao ato, embora poltronas possam ser um bom intermediário.
3: encoste os dedos na genitália e friccione as pontas calmamente. É recomendado que as unhas estejam em um tamanho regular, posto que o excesso pode causar ferimentos, enquanto a falta anula o efeito.
OBS: a execução do terceiro passo pode ter efeitos adversos, variando de sérias lesões a momentos prazer solitário. A escolha é de responsabilidade do praticante.
O GUIA PRÁTICO FERRUGEM CEREBRAL PARA O ÓCIO pode ser comprado apenas com os membros do blog, e seus preços e formas de pagamento variam de acordo com o cliente.